Biografia Francisco Sant`ana de Souza

por Fábio Zielonka publicado 01/08/2023 11h10, última modificação 01/08/2023 11h17

FRANCISCO SANT`ANA DE SOUZA

(☆ 26.07.1909 – ✞ 27.11.1972)

 

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   O popular “Chiquinho Souza” era filho do casal Francisco José de Souza e Isolina Cordeiro de Souza – proprietários da vasta área a qual deu origem ao bairro São Cristovão.

   Chiquinho casou-se em 20 de outubro de 1934, com a professora Alzira Alves de Araújo – descendente de uma das famílias pioneiras desta região. O casal teve ao todo nove filhos, dentre os quais, os nossos queridos amigos: Antonio Francisco (Toninho Souza), Dilma, Dione e Denilze.

  Chiquinho Souza exerceu profissionalmente por longo tempo a função de Agente Sanitário, junto à Secretaria da Saúde Estadual. Por conta da sua atuação profissional junto à população de Piraquara, sua residência se tornou referência para as pessoas que necessitavam auxílio para as questões que diziam respeito à saúde. E, Chiquinho, sempre muito atencioso e prestativo, não media esforços para atender a todos.

   Talvez essas qualidades tenham contribuído para que ele se decidisse a participar também das ações políticas da cidade onde nascera. Seu pai já havia exercido nos anos 20, o cargo de camarista por um curto espaço de tempo; seu irmão Alberto também tivera importante atuação na política local, no entanto nunca ocupara cargo eletivo. Também pelo lado familiar de sua esposa Alzira, havia igualmente um longo histórico de participação na política local.

   Chiquinho Souza disputou sua primeira eleição para o cargo de vereador, no ano de 1947. Essa foi também a primeira eleição municipal após o fim do regime ditatorial chamado Estado Novo, imposto por Getúlio Vargas. Concorrendo pelo Partido Social Democrático (PSD), recebeu 89 votos e foi eleito. Seu irmão Manoel (Maneco Souza) também foi eleito vereador em Piraquara nessa ocasião. Não concorreu à reeleição no ano de 1951, ao término de seu primeiro mandato. Ele voltaria a se candidatar novamente no ano de 1955, disputando pela coligação UDN/PR. Nesse pleito eleitoral, recebeu 279 votos, sendo o mais votado dentre todos os candidatos. Em 1959, se elegeria para um terceiro mandato ao cargo de vereador, disputando através da coligação UDN/PSD. Nessa eleição recebeu 179 votos. No decorrer desse mandato, presidiu a Câmara Municipal no ano de 1959. Em 1961, atuou como segundo secretário da Casa de Leis, sendo que no ano seguinte, em virtude do falecimento do então presidente Guilherme Ribeiro, ocupou cargo vago até o final do período. No ano seguinte – 1963 – foi reconduzido à presidência da Casa. Esse seria mais um ano em que haveria eleições municipais, no entanto, ele não se lançou como candidato. Mas conquistaria o seu quarto mandato de vereador nas eleições de 1968, quando concorrendo pela Aliança Renovadora Nacional – ARENA – seria eleito ao receber 319 votos – alcançando a terceira maior votação dentre os eleitos. Ao aproximarem-se as eleições municipais do ano de 1972, estando acometido por grave doença, ele não voltaria a concorrer objetivando um quinto mandato. Poucos dias após a realização do processo de votação – em 27 de novembro – Chiquinho Souza, faleceu aos 63 anos de idade. Ainda em pleno exercício do mandato de vereador.

   Foram ao todo quatro períodos como vereador em Piraquara e outros tantos anos em que, não estando em posse de cargo eletivo, Chiquinho Souza atuou assistencial e politicamente em defesa dos menos favorecidos da cidade de Piraquara. No âmbito legislativo, era um democrata irretocável, que buscava a todo o momento a harmonia entre as tendências antagônicas que existiam na Câmara Municipal. Em um tempo em que o cargo legislativo não era remunerado, Chiquinho Souza, exemplarmente, doou de si e daquilo que possuía em favor das classes mais carentes. Em retribuição, recebeu a confiança popular e politicamente jamais conheceu derrota.

Texto: RENATO CARDOSO DOS SANTOS

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