Biografia Arvelino Franco de Oliveira
ARVELINO FRANCO DE OLIVEIRA
(☆ 01.06.1923 – ✞ 24.08.1985)
O “Vico Franco” – como era amplamente conhecido – nasceu em Piraquara no dia 01 de junho de 1923. Era o terceiro dos cinco filhos do casal Juvita Biss de Oliveira e João Franco de Oliveira.
Radicado na região da Borda do Campo – hoje distrito pertencente ao município de Quatro Barras – durante boa parte da sua juventude, trabalhou nas pedreiras existentes naquela localidade, exercendo por profissão a atividade de “canteiro”.
A partir de 01 de maio de 1940, matriculou-se no Tiro de Guerra. Tendo participado das instruções transmitidas por aquela instituição até o dia 26 de dezembro daquele ano, quando então dela se desligou como reservista de 2ª categoria. Em meados dos anos 40 casou-se com a jovem Mercedes de Lara, com quem teve uma filha chamada Zenir. O casal separou-se algum tempo depois.
No início da década de 50, uniu-se a Iracema Biss Mayer, com quem possuía laços de parentesco. Dessa união nasceram quatro filhos: Rosemary, Floresmundo, Roseli e Florisval. Com o início das atividades da Penitenciária Central do Estado no município de Piraquara, passou a atuar profissionalmente naquela instituição, ali permanecendo até aposentar-se.
No ano de 1959, a convite de seu primo e melhor amigo – Zacarias Vieira – que iria disputar as eleições municipais na condição de candidato a prefeito municipal, decidiu concorrer pelo PTB a uma vaga para vereador. Nessa ocasião obteve 91 votos. Não se elegeu. Mas aquela votação o credenciou para ocupar a primeira suplência de vereador. No dia 01 de outubro de 1962, ele assumiu o cargo de vereador em substituição ao titular, vereador Guilherme Ribeiro, que havia falecido em 12 de setembro. No início do ano seguinte, a partir da nova composição da mesa executiva da Câmara Municipal, que iria dirigir os trabalhos durante o ano de 1963, passou a ocupar a segunda secretaria.
Nas eleições municipais realizadas no dia 06 de outubro de 1963, concorreu à reeleição, dessa vez disputando pela União Democrática Nacional (UDN). Foi eleito com 138 votos. Manteve sua participação na composição da mesa executiva da Câmara durante os anos que se seguiram, inicialmente como primeiro secretário durante os anos de 1964 e 1965; e como presidente da Casa nos anos de 1966, 1967 e 1968. Interessante ressaltar que durante essa legislatura houve um atípico movimento de ocupantes do cargo de vereador em Piraquara, em virtude de cassação, extinção de mandato, mortes, licenças etc. O vereador Arvelino Franco foi o único dentre os nove eleitos em 1963 que permaneceu no cargo de vereador atuando integralmente durante todo aquele mandato de cinco anos.
Nas eleições municipais que se realizaram no dia 15 de novembro de 1968, voltou a concorrer à reeleição. Mais uma vez obteve sucesso na disputa, tendo alcançado 288 votos. Essa eleição, aliás, foi uma das menos disputadas na história política de Piraquara. Nessa ocasião apenas 17 candidatos a vereador participaram e todos eles eram pertencentes à ARENA. Ao assumir mais esse mandato foi reconduzido à presidência da Câmara Municipal para o ano de 1969, o mesmo acontecendo durante o ano de 1970.
A partir do ano de 1971 os mandatos dos componentes da mesa executiva da Câmara Municipal passaram a ser de dois anos. Coube ao vereador Dr. Rached Saliba Smaka a presidência da Casa no período de 1971 e 1972. O vereador Arvelino Franco de Oliveira durante esse biênio passou a fazer parte das seguintes comissões permanentes: Legislação e Justiça – tendo como companheiros os vereadores Lírio Jacomel e Luiz Cassiano de Castro Fernandes; Higiene, Assistência Social, Educação e Cultura – da qual faziam parte também os vereadores Heinrich de Souza e Azize Corina Cordeiro da Silva; e Agricultura, Indústria e Comércio – da qual compunham os mesmos vereadores da comissão anterior.
Em 15 de novembro de 1972, mais uma vez voltou a disputar a reeleição ao cargo de vereador. Tendo sido mais uma vez eleito. Dessa vez com a expressiva soma de 513 votos – a terceira maior daquele pleito. No ano de 1975 voltou a presidir a Câmara Municipal, permanecendo nessa função durante o biênio 1975-1976.
No ano de 1976 seriam novamente realizadas as eleições para a renovação dos mandatos executivo e legislativos. Dessa vez, ao invés de disputar aquela campanha pleiteando a sua reeleição para a Câmara Municipal, Arvelino Franco de Oliveira, decidiu-se por concorrer ao cargo de prefeito municipal. Ele compunha uma das sublegendas da ARENA, que tinha como outros candidatos, o também vereador Luiz Cassiano de Castro Fernandes e o então vice prefeito Max Rohrsetzer. Como candidato a vice-prefeito em sua chapa trazia o também vereador João Batista Salgueiro.
Abertas as urnas daquela eleição o resultado determinou que o novo prefeito de Piraquara fosse o vereador Luiz Cassiano, ficando o vereador Arvelino Franco de Oliveira como o segundo colocado, obtendo 1991 votos. Após catorze anos de intensa participação na política piraquarense, ele agora iniciaria um período em que ficaria fora do foco das decisões político-administrativas locais.
Estando para se completarem os seis anos que passou a durar aquela legislatura, 1982 seria novamente um ano eleitoral. Diferente, porém, por se tratar de um ano eleitoral em que haveria a realização de eleições gerais no Brasil. Nas eleições municipais, em Piraquara, cinco partidos disputavam a corrida pela Prefeitura. Mas apenas dois deles tinham chances reais de alcançá-la: o PDS e o PMDB. Concorrendo pelo PDS – que tinha como o seu candidato principal à Prefeitura o legendário Lico Jacomel – Arvelino Franco de Oliveira tentaria voltar à Câmara Municipal. Mas apesar de ainda conservar um significativo prestígio dentre o eleitorado piraquarense, os 452 votos alcançados no dia 15 de novembro de 1982 não foram suficientes para reconduzi-lo ao legislativo municipal como vereador eleito. Assim, a sua história política em Piraquara terminou como havia iniciado há 23 anos passados – como primeiro suplente de vereador.
Arvelino Franco de Oliveira faleceu aos 62 anos de idade, no dia 24 de agosto de 1985.
Texto: Renato Cardoso dos Santos
